por Samael Aun WeorPsicologia

A Revolução da Consciência

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A revolução da consciência é o quinto evangelho. Nós necessitamos com urgência de uma mudança radical, total e definitiva e isto só é possível mediante a revolução da consciência.

A autorrealização íntima só é possível em indivíduos isolados, com ajuda de conhecimentos e métodos adequados.

Semelhante revolução íntima pode ocorrer somente dentro do indivíduo e está de fato contra os interesses da natureza.

O desenvolvimento de todas as possibilidades ocultas no animal intelectual não é necessário, senão única e exclusivamente para o mesmo. Nem a natureza nem a ninguém interessa o desenvolvimento de tais possibilidades individuais.

O mais grave de tudo isto é saber que ninguém tem obrigação de ajudar o indivíduo revolucionário. Ninguém tem a mais leve intenção de ajudar um revolucionário desta classe. Está-se completamente só e se um Mestre revolucionário resolve orientar-nos, é realmente haver tido muita sorte.

As forças tenebrosas que se opõem resolutamente à autorrealização íntima das grandes massas humanas, também se opõem resolutamente e até em forma violenta à autorrealização íntima do indivíduo.

Todo homem revolucionário tem que ser suficientemente astuto para enganar as forças tenebrosas, mas as massas humanas desgraçadamente não podem fazê-lo. Só o indivíduo revolucionário pode ser engenhoso o bastante para ser mais esperto que estas forças tenebrosas.

Não existe autorrealização obrigatória nem mecânica. A Autorrealização Íntima do homem é o resultado da luta consciente. A natureza não necessita da Autorrealização Íntima do ser humano, não a quer, a aborrece e luta contra ela com as melhores armas.

A Autorrealização Íntima só pode ser uma necessidade urgente para o indivíduo revolucionário, quando este se dá plena conta de sua horrenda situação e da abominável sorte que lhe espera, que é a de ser tragado vorazmente pelo reino mineral.

A revolução da consciência só é possível no sentido de ganhar, de conquistar nossas próprias possibilidades latentes, nossos próprios tesouros escondidos.

Se toda a espécie humana quisesse obter o que lhe corresponde por direito próprio, a autorrealização íntima tornar-se-ia impossível, porque o que é possível para o indivíduo revolucionário, é impossível para as massas.

A vantagem que tem o revolucionário separado, é que realmente é demasiadamente insignificante e para os fins da grande natureza não tem a menor importância a existência de uma máquina a mais ou a menos.

Se uma célula microscópica de nosso corpo se revoluciona contra nós, isso não tem a menor importância; porém, se todas as células de nosso corpo se revolucionam, então sim a coisa é grave e vamos à procura do médico e combatemos tal revolução com todas as armas da ciência.
Ocorre exatamente o mesmo com o indivíduo isolado, pois é demasiado pequeno para conseguir influenciar a vida total do organismo planetário no qual vivemos, movemos e temos o nosso ser.

Aqueles que afirmam que todos os seres humanos chegarão cedo ou tarde à autorrealização íntima mediante a evolução da natureza, são uns tremendos mentirosos, uns farsantes, uns embusteiros, porque jamais existiu nem nunca existirá autorrealização mecânica.

A autorrealização íntima é a revolução da consciência e esta jamais pode revolucionar-se inconscientemente.

A revolução do homem é a revolução de sua vontade e jamais poderia ser uma revolução involuntária de tipo mecânico.

A autorrealização íntima é o resultado de supremos auto esforços, voluntários e perfeitamente autoconscientes.

A autorrealização íntima exige tremendos super esforços individuais e estes só são possíveis mediante a revolução da consciência.

Jesus, o Cristo, jamais prometeu o reino a todos os seres humanos. Jesus faz ênfase na dificuldade para entrarmos no reino.

“Árvore que não dá fruto, será cortada e lançada ao fogo”. “Muitos são os chamados e poucos os escolhidos”. “O reino dos céus é semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe toda classe de peixes e, uma vez cheia, atiram-na à praia; e sentados, recolhem o bom em cestas, e o mau lançam fora”.

Assim será o fim do ciclo, sairão os anjos e apartarão aos maus dentre os justos, e os lançarão dentro do forno de fogo (o reino mineral). Ali haverá o choro e o ranger de dentes.

Só o homem verdadeiramente revolucionário pode entrar no Reino da Magia Branca, no Reino do Esoterismo, no Magis Regnum, Regnum Dei.

Jesus disse: “O reino dos céus se toma por assalto, os valentes o têm tomado”.

O normal, o natural, é que a raça de animais intelectuais, falsamente chamados homens, caia no abismo, que seja devorada por Ammit, o “devorador dos mortos”, cujas mandíbulas de crocodilo são uma pré figuração de todas as bocas do inferno da Idade Média.

Este monstro abominável (símbolo do reino mineral com suas sete regiões atômicas submersas), em parte réptil, em parte leão e em parte hipopótamo, que surge, segundo o dizer dos egípcios, de um lago de fogo ardente, é o devorador de corações, o devorador dos “não vingados”, e para os egípcios simbolizava uma espécie de terrível abutre cósmico, cujas funções eram consumir os detritos ou despojos da humanidade.

Não é raro que alguém entre no reino mineral, isso é o normal e o reino mineral necessita disso para seu alimento psíquico. O que sim é raro é que alguém entre no reino da alta magia, porque em dito reino só entram os revolucionários da consciência, ardentes como o fogo.

A Ciência da Música- Samael Aun Weor

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