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Do culto ao cultivo dos alimentos

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Diferentemente do que ocorria há alguns anos atrás, quando não levávamos em consideração a qualidade do alimento que estávamos consumindo, atualmente, percebe-se uma crescente preocupação sobre o tema alimentação; porém, será que já refletimos sobre o que tem nos motivado a mudar hábitos alimentares ou estamos apenas sendo levados por um “modismo” de vida saudável?

hindu-alimentos_zpsa5ec46d1As culturas serpentinas da antiguidade percebiam nos alimentos um aspecto sagrado. Para elas, uma vez consumido o grão, o vegetal ou animal, este torna-se parte de nós mesmos.

O insigne médico medieval Paracelso defendeu frente ao mundo que todo mineral, animal e planta tem uma inteligência, e a alma desta planta é quem provê vida, e não somente suas propriedades químicas.

Para a cultura hindu, a qualidade dos alimentos era medida de acordo com sua pureza, isso quer dizer que, quanto mais fresco e natural o alimento, mais vida ele possui. Com esta medida, estes sábios da antiguidade classificam os alimentos como:

  • Sátwicos – alimentos recém colhidos e sem nenhum processamento (alimentos crus como frutas e verduras), que possuem 100% de vitalidade a ser absorvida tanto por nossa estrutura física como também na revitalização de nossa energia e disposição diária;
  • Rayásicos – alimentos que tenham sofrido algum processamento, que possuem uns 50% de vitalidade;
  • Tamásicos – alimentos industrializados, refinados, processados, congelados, embutidos, enlatados… que já estão muito longe de sua forma natural, que tem 0% de vitalidade e, infelizmente, caracterizam quase em sua totalidade, a alimentação da vida moderna que levamos.

Partindo deste princípio, podemos afirmar que uma couve ou alface que plantamos em nosso quintal, nos traz a energia indispensável para a revitalização de nosso organismo.

Que nós precisamos voltar a ter hábitos saudáveis, disso mais ninguém tem dúvida; mas como fazer para que realmente consigamos trazer alimentos sátwicos para um cotidiano em que a grande maioria de nós vive correndo de um compromisso a outro?

Por acaso a seleção dos alimentos deve limitar-se a mudar os produtos que colocamos no carrinho do supermercado ou seria algo mais profundo?

Por mais incrível que possa parecer, a solução para essa questão é muito simples, basta que queiramos começar a mudar nossos hábitos de vida. Uma sugestão simples, a qual muitas pessoas têm recorrido, é o plantio em pequenos espaços como: nas sacadas dos apartamentos, jardins e até mesmo auxiliando na decoração de pequenos ambientes. Nestes locais pode-se plantar desde temperos como alecrim, cebolinha, pimenta à ervas medicinais, como: erva cidreira, boldo e funcho ou até mesmo couve e alface variando o tamanho dos vasos de acordo com o que a pessoa se dedique a cultivar.

Uma mudança em nossa percepção dos alimentos é urgente para que possa nascer em nós consciência de que, quanto mais sátwico seja o alimento que estamos consumindo, maior será a vitalidade que ele nos proporcionará.

Leona da Rosa Nunes Pacheco

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